domingo, 29 de março de 2009

Morphine


"Banda formada pelo vocalista e baixista Mark Sandman, o saxofonista Dana Colley e o baterista Billy Conway em Cambridge, Massachussets, USA em 1989. A banda combinou elementos do jazz e do blues com arranjos tradicionais do rock, gerando um estilo próprio de música. Mark Sandman teve um ataque fulminante do coração durante uma apresentação de sua banda em 1999, na cidade italiana de Palestrina. Morreu aos 46 anos de idade. Atualmente os restantes membros desta banda formam com a vocalista Laurie Sargent os Twinemen".


“Manhã desagradável, manhã desagradável ... Meus olhos queimam com a luz do dia que entra pela minha janela. Acondicionando as articulações do pulso e dos meus ossos. A "Morfina" que me faz esquecer da dor, meu último cigarro foi tragado e meu pensamento percorre todo o caminho que me faz voltar para o agora. Vivendo o ar do final de março, a fumaça cria formas e o vento as carrega. Nesse meu domingo vivo com o som da voz de Mark Sandman, meu coração pode explodir a qualquer momento ... e de repente me surpreendo com a nota lançada nas paredes do meu quarto ... Será que se é feliz quando se está dormindo? Meus versos foram assassinados como nas "flautas vertebras" de Maiakovski . Mas todo mundo sabe que eu tenho uma moradia certa, que é bem longe disso tudo. O silêncio então me cerca e então submerjo pro fim. Eu sou o rei do nada mais!"

domingo, 22 de março de 2009

Natureza morta com Absinto

Aguardando o julgamento dos meus pensamentos. Esperando este júri se desenvolver e me condenar... Vou estar ainda mais longe dos seus cabelos pretos, insolúveis, penteados a sua maneira.
Meu corpo esfarelado, perdido pelo labirinto da minha mente, consequentemente, continua a viajar com o vento, entrando pela sua janela solitária. O tempo nunca foi um grande amigo meu, mas sempre me deveu favores... faça uma nevasca, um frio intenso, congele o coração de minha amada, pois quando eu chegar quero que seu coração só pense em mim.
Eu estou desesperadamente mudado, não vejo resquícios meus. Amorfo, como as obras de Van Gogh. Talvez eu já estivesse morto antes de nascer! Meus cigarros sucumbiram na alta solidão que me contempla, a dor dos meus braços é o desejo não realizado de estrangular o mal em mim.
Nos meus indecorosos momentos de vergonha esverdeada, me transporto para um mundo meu, sendo inteiramente nu, onde a ressonância de minha vida se despedaça, deixando tudo e todos.
O meu momento a cada manhã é como um espelho, vejo a face boa de um caro geminiano se decompor a cada palavra suspirada, cuspida e engendrada dentro de um surto.